segunda-feira, 29 de março de 2010

Novela faz parecer tudo simples e fácil, o irreal parece ser real, mas profundo do submundo fica oculto no final feliz surreal. Sempre a burguesia vencendo obstáculo que na realidade da periferia nada consta. Não consta o direito de ir e vir, não consta realidade de um sonho insonhável. Não consta o deficiente que venceu por acreditar que tudo é possível, mas esbarra no seu direito de amar e ser amado. Fico o vazio de um sonho dependente mesmo sendo independente no modo de viver. Não consta que em uma sociedade racista se tenta contornar a solidão com um sorriso que sufoca o desejo de choro. Na novela a mocinha linda mesmo não acreditando encontra alguém que se encanta com ela, e o romance se fazem um mero momento de entretimento de burguês com final feliz. Na realidade da periferia o deficiente é um objeto usável quando não há opção para quem precisa e num descarte sorri com sua solidão que se recusa abandona-lo. Quem bom de a realidade fosse como uma novela que muda-se o roteiro quando não da ibope.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Luxo de lixo é aquele que se curtem com medo de ser seqüestrado,

Que lixo de vida, com tudo que pode sem nada poder, sorrir da vida não pode, pois o outro sorriso pode ser de interesse no luxo de lixo. Ai eu me fixo em nadar ter, se não só o necessário, que logo vira lixo e vai para a privada e some junto com a descarga. Há, há há, que lixo de luxo.

Eu sou o poeta que nada diz
Quando digo parece vago 
Mas o sentido é para fazer estrago 
Onde o mundo não tem graça 
Porque tudo passa 
Passou ontem, passara o hoje 
E amanhã depois de amanhã será ontem 
E qual será a graça de ter vivido? 
Não sei porque estou no presente esperando o amanhã 
Que passara como ontem passou................